Presidente falta ao evento de comemoração aos 36 anos do PT, mas envia carta dizendo que o partido tem sido atacado e que querem "usurpar" seu mandato
DA REDAÇÃO / época
A presidente Dilma Rousseff partiu rumo ao Chile na sexta-feira e faltou ao evento que celebra os 36 anos do Partido dos Trabalhadores, que ocorre no Rio de Janeiro neste fim de semana. Contudo, enviou uma carta aos petistas que será lida pelo presidente do partido, Rui Falcão.
Nela, Dilma afirma, segundo a Globo News, que tanto o projeto do PT quanto o ex-presidente Lula estão sob ataque, e que tentam "usurpar" seu mandato com a ameaça de impeachment. Segundo a presidente, há um "ataque sistemático" a Lula e "aos pilares do nosso projeto". A mandatária disse que o ex-presidente, investigado pelo Ministério Público, é "um patrimônio político". "Sou e serei solidária ao meu amigo Lula em todos os momentos".
Nela, Dilma afirma, segundo a Globo News, que tanto o projeto do PT quanto o ex-presidente Lula estão sob ataque, e que tentam "usurpar" seu mandato com a ameaça de impeachment. Segundo a presidente, há um "ataque sistemático" a Lula e "aos pilares do nosso projeto". A mandatária disse que o ex-presidente, investigado pelo Ministério Público, é "um patrimônio político". "Sou e serei solidária ao meu amigo Lula em todos os momentos".
O PT e o governo estão em combate. O partido defende a implantação de soluções de curto prazo para a crise, que envolvem a ampliação dos gastos. Já o governo tenta emplacar a Reforma da Previdência, o que desagrada o partido. No Chile, Dilma negou a jornalistas que haja crise entre governo e pt. "Eu não governo só para o PT. Eu governo para 200 milhões de brasileiros. Temos concordâncias e discordâncias, o que é perfeitamente normal", disse a presidente, após encontro com a líder chilena Michele Bachelet.
Com a prisão do marqueteiro do PT, João Santana, e sua esposa, Monica Moura, a campanha eleitoral de 2014 da presidente Dilma foi tragada pela Lava Jato. Documentos apreendidos pela Polícia Federal e revelados com exclusividade por ÉPOCA, na manhã de sexta-feira, mostram que a Odebrecht efetuou sete repasses para "Feira", que os procuradores acreditam ser João Santana, durante a campanha presidencial. Os repasses totalizavam R$ 4 milhões. Durante o evento, o presidente do partido, Rui Falcão, se restringiu a dizer que o partido repudia o "golpe", e que " é preciso quebrar o clima de intolerância". Nos debates que ocorreram neste sábado, nenhum militante levantou o tema do envolvimento do partido na Operação Lava Jato.
Falcão também voltou a defender a mudança na política econômica, e retomou os pontos do "programa nacional de emergência", aprovado pelo diretório partido, que prega o fim do ajuste fiscal e a ampliação dos gastos. O petista também disse que o partido trabalhará para derrubar, na Câmara, o projeto do tucano José Serra que desobriga a Petrobras de participar da exploração de todos os blocos do pré-sal, que contou com o apoio do governo. “Somos favoráveis à manutenção integral da lei do pré-sal instituída no governo do presidente Lula. Não queremos nenhuma mudança. Vamos lutar com a nossa bancada, na Câmara, para que o que foi aprovado no senado não prospere”, explicou.
Os demais economistas que discursaram no evento também defenderam o fim da meta fiscal, o fim do contingenciamento de gastos, a queda dos juros e o aumento dos gastos do governo.
Na noite deste sábado haverá uma festa no Rio de Janeiro para celebrar o aniversário do partido, e que contará com a presença de Lula.
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